Tricologia

A tricologia é o ramo da dermatologia que se dedica ao estudo das doenças que podem implicar o cabelo. Tem técnicas próprias, como a tricoscopia (ver o cabelo e o couro cabeludo em aumento), o tricograma e o fototricograma (permitem avaliar a fase do ciclo em que os cabelos estão, a espessura e o crescimento) e outras comuns à dermatologia, como a biopsia cutânea.

É impossível entender de tricologia sem primeiro entender a dermatologia. A existência de dermatologistas que se dedicam à tricologia  é uma mais-valia  e garantia para os pacientes, já que  algumas destas doenças  não são frequentes e a capacidade de tratar bem o paciente é, em grande medida, determinada pela experiência.

Como em outras áreas médicas, é fundamental chegar a um diagnóstico preciso para poder ter um tratamento médico adequado. Em 99% dos casos chega-se ao diagnóstico sem ter que efetuar técnicas invasivas (biopsia). Também a técnica cirúrgica – nomeadamente o transplante de cabelo – evoluiu muito nos últimos anos e permite complementar o tratamento médico.

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FAQ'S

Caspa e descamação podem ser causadas por condições endógenas, habitualmente herdadas – caspa (pitiríase seca do couro cabeludo), dermatite seborreica, psoríase, líquen planopilaris, eczema atópico – ou por agressão exógena – eczema irritativo ou alérgico de contacto. Muitas vezes acompanham-se de sensação de comichão ou ardor, que são as queixas que habitualmente conduzem ao médico.

É uma raridade alguma condição ser provocada pela alimentação. Alguns pacientes notam agravamento de condições existentes no couro cabeludo (psoríase, dermatite seborreica, eczema) com álcool, condimentos e picantes, e, raramente, com algum alimento em particular.

O stress provoca, na maioria dos pacientes, agravamento da condição dermatológica crónica que padecem (psoríase, dermatite seborreica, eczema) mas isto já é muito habitual nas dermatoses em qualquer área do tegumento (pensa-se que mediadores neuro-endócrinos alterem os níveis de citoquinas, provocando inflamação).

Sim. Os medicamentos também podem provocar alterações: vermelhidão, descamação, comichão, etc. Podem fazê-lo por duas vias: Por aplicação tópica do medicamento – por exemplo, pode suceder após aplicação local de minoxidil (medicamento de ação local para a calvície) e neste caso deve-se, quase sempre, à ação irritativa do propilenoglicol e não a alergia a minoxidil; Por efeito sistémico quando tomamos um medicamento – por exemplo, após tomar um medicamento para baixar o ácido úrico, para controlar a epilepsia ou para controlar uma infeção (antibiótico).
Nestes casos, o mais habitual é haver outras áreas envolvidas além do couro cabeludo e o importante é um diagnóstico precoce e a pronta interrupção do medicamento. Em casos selecionados pode ser necessário medicar com corticóides.

Sim. O uso de cosméticos pode também condicionar este tipo de manifestação, seja por simples
irritação ou por alergia. A alergia é um fenómeno individual e habitualmente independente da
qualidade do produto aplicado. A causa mais frequente é a aplicação de tintas capilares e a
substância causadora mais frequente a parafenilenodiamina (PPD).

A dermatite seborreica e a caspa (são gradações do mesmo fenómeno) distinguem-se de uma reação alérgica pela história clínica (idade característica, ausência de sensibilizante causador), pela distribuição (zonas marginais do couro cabeludo e zonas afetadas para além deste), aspeto da escama, amarelada e gordurosa, e vasos arborizados na dermatoscopia (visão de aumento). Na dermatite alérgica o importante é a evicção do causante. Na dermatite seborreica conseguimos um controlo com champôs contendo derivados imidazólicos e ciclopirox olamina, soluções ou espumas contendo corticóide, etc.

– Caspa e dermatite seborreica – Pensar que é curável e não fazer manutenção.
– Psoríase – Achar que se trata sempre de forma igual.
– Reação alérgica do couro cabeludo ao uso de um cosmético – Não parar imediatamente a
aplicação. Não ir ao médico.

Importa dizer que caspa e dermatite seborreica são gradações do mesmo problema, sendo que o
segundo é mais incomodativo porque a escama fica aderente ao couro cabeludo. A predisposição
é genética e afetam sobretudo recém-nascidos, adultos jovens e idosos.

Caspa (pitiríase seca do couro cabeludo) – Habitualmente obtém-se bom controlo da caspa apenas com champôs para estados descamativos do couro cabeludo, que contêm habitualmente ciclopirox olamina ou derivados imidazólicos. Do supermercado (HS, Linic, etc) ou da farmácia –Trikare K, Nodé DS, Trikare Z, Trikare Z, Kelual DS, KPL, etc.

Dermatite seborreica – Habitualmente exige, além dos champôs atrás indicados, soluções ou
emulsões com queratolíticos (desfazem a escama aderente), corticóides (controlam a inflamação) ou derivados imidazólicos (controlam as populações de malassezia, fungo comensal que em excesso pode agravar a dermatite seborreica. Estes medicamentos tópicos devem ser prescritos pelo médico de família ou pelo dermatologista. Apenas muito raramente será necessária medicação oral com antifúngicos.

Psoríase – Também geneticamente determinada, pode afetar pessoas de qualquer idade. Formas leves podem ser controladas com champôs derivados do alcatrão – tarmed, edoltar, etc – ou mesmo com os que controlam a dermatite seborreica. O tratamento localizado da escama aderente faz-se preferencialmente com queratolíticos, que muitas vezes estão formulados com corticóides (psodermil, diprosalic, etc) e o tratamento da inflamação com derivados da vitamina D em associação com corticóides (daivobet). Em formas graves usamos medicamentos que atuam por via sistémica (metotrexato, acitretina, ciclosporina e modificadores da resposta inflamatória ditos “biológicos”. As formas leves podem ser controladas pelo médico de família, as mais graves pelo dermatologista.

Líquen planopilaris – Doença em que é fundamental diagnóstico precoce pelo dermatologista, pois o avanço da mesma leva a perda definitiva dos folículos (alopécia cicatricial). Trata-se por via tópica (corticóides, tacrolimus, etc) ou sistémica (finasterida, dutasterida, tetraciclinas, anti-maláricos, corticóides, ciclosporina, etc) consoante o grau de atividade da doença.

Eczema atópico – Controla-se preferentemente por corticóides por via tópica, embora a gravidade da doença possa implicar medicação sistémica com corticóides ou outros.

Eczema irritativo ou alérgico de contacto – O tratamento consiste na evicção daquilo que o
provocou e, na forma aguda, corticóides tópicos ou sistémicos, dependendo da gravidade.

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